20 de dezembro de 2013

Homicídios sobem em cidades pequenas e estados do Nordeste

Como ya mostrara o Mapa da Violencia 2013,

  • São Paulo e Rio de Janeiro registraram quedas de 66,6% e 35,4%, respectivamente, no número de assassinatos por 100 mil habitantes, entre 2000 e 2010
  • Informações foram apresentadas por estudo do Ipea com base em dados do Ministério da Saúde
RENATA LEITE (EMAIL)
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RIO — A década de 2000 a 2010 foi marcada pela migração da violência no Brasil. Estados do Sudeste, que historicamente lideravam rankings de homicídios no país, deram lugar, no topo das listas, aos do Norte e Nordeste. São Paulo e Rio de Janeiro registraram quedas de 66,6% e 35,4%, respectivamente, no número de assassinatos por 100 mil habitantes, enquanto os índices mais que dobraram em estados como Bahia (339,5%), Maranhão (373%) e Pará (258,4%), no período. Nas cidades por sua vez, houve a interiorização da violência, com quedas em mortes nas capitais e incrementos, em municípios menores. Os dados foram levantados por Daniel Cerqueira, diretor de Estado, Instituições e Democracia do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), que tomou por base, em seu estudo, números divulgados pelo Ministério da Saúde.
No topo das cidades com mais assassinatos estão Simões Filho, na Bahia, e Ananindeua, no Pará. Segundo o especialista, as taxas de homicídios em municípios pequenos (menos de 100 mil habitantes) cresceram em média 52,2% entre 2000 e 2010, enquanto, nos médios, o aumento foi de apenas 7,6%. Já as cidades grandes (com mais de 500 mil habitantes) registraram uma queda de 26,9% na taxa. Entre os 20 municípios com maior taxa de mortes violentas, dez são pequenos, nove médios e apenas um grande — Maceió, na sexta posição. Cerqueira buscou possíveis causas para essa realocação de vítimas.
Para o especialista, contribuíram para a nova geografia da violência políticas públicas de segurança nacionais, como o Estatuto do Desarmamento e o I Plano Nacional de Segurança, que multiplicou por dez o orçamento destinado ao sistema penitenciário, e locais, como a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio e a intensificação de operações em São Paulo. No entanto, Cerqueira vê na diminuição da desigualdade de renda uma das principais causas para o aumento dos assassinatos nas cidades pequenas. A dinamização econômica em localidades fora dos eixos metropolitanos impulsionaria a expansão dos mercados de drogas ilícitas nessas regiões, diz o estudo.


 http://oglobo.globo.com/pais/homicidios-sobem-em-cidades-pequenas-estados-do-nordeste-11127595#ixzz2o3Nkho6J 

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