28 de novembro de 2012

Bolsa Família reduz desigualdade de renda


RIO - A desigualdade no Brasil vem caindo, e a Síntese dos Indicadores Sociais divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE mostrou mais um cruzamento de dados que mostra essa redução. Enquanto em 2001 os 20% mais ricos da população tinham rendimentos cerca de 24 vezes superiores aos dos 20% mais pobres, em 2011 esta razão cai para 16,5. Isso se deve, em grande parte, aos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que provocaram um aumento da participação das chamadas outras fontes de rendimento, que passou de 5,3%, em 2001, para 31,5%, em 2011, na parcela da população com rendimento domiciliar per capita de até um quarto do salário mínimo.
Mas a situação de desigualdade ainda permanece forte na sociedade brasileira. E quanto mais escolaridade, maior é distância entre os rendimentos quando se compara por gênero e raça. Entre as pessoas com 12 anos ou mais de estudo, o rendimento feminino equivalia a 59,2% do rendimento masculino e o rendimento de pretos e pardos equivalia a 67,2% do rendimento da população branca com a mesma escolaridade.
Quando se olha por cor ou raça, verifica-se que os pretos e pardos se concentram na base da pirâmide de renda — 14,2% deles estão no primeiro décimo de renda — enquanto no topo da pirâmide, essa parcela caiu para 4,9%. Entre os brancos acontece exatamente o inverso. A parcela de branco na base da pirâmide é de 5,4% e no topo, 15,4%.

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