25 de setembro de 2012

USP retoma discussão sobre cotas raciais


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São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) volta a discutir a adoção de cotas raciais no vestibular nesta terça-feira (25). A questão será debatida em reunião do Conselho Universitário da instituição. A instituição adota atualmente um sistema de inclusão, o Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), que dá bônus aos alunos advindos de escolas do ensino público, mas não há cotas para estudantes negros ou indígenas.
- Se você comparar o Inclusp com outros programas de inclusão de outras universidades públicas do Brasil, vai descobrir que o Inclusp é o programa que menos inclui brancos pobres e menos inclui negros - disse o diretor executivo do Educafro, frei David Raimundo dos Santo, que participou de uma manifestação pró-cotas em frente ao prédio da Reitoria da USP.
- Como é possível uma universidade se dar por satisfeita quando ela está em um estado onde há 36% de negros e nos cursos de medicina, odontologia e direito só entram 0,8% de negros? Como ela pode estar tranquila e o conselho pode reunir-se e não perceber esse equívoco? - questionou.
Em 2012, 28% dos alunos que ingressaram na USP vieram da rede pública de ensino, de acordo com dados do Inclusp. O número corresponde a 3.038 vagas. Em 2011, o percentual de alunos egressos da rede pública era 25%.
Os cursos com o maior percentual de alunos vindos do ensino público foram: farmácia-bioquímica (45,3%), letras (42,8%), pedagogia (40%), jornalismo (39%) e ciências sociais (34,5%). Todos os cursos, entretanto, tiveram matrículas de alunos oriundos do ensino público.

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