30 de agosto de 2011

Curiosidades dos resultados do Pisa 2009 por grande região do Brasil


Ernesto Faria | 29/08/2011 at 21:50 | 


A seguir algumas curiosidades dos resultados das grandes regiões do país no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2009.
Leitura
  • Os 10% melhores alunos das Regiões Sudeste e Sul obtiveram notas acima da média de todos os países que fizeram o Pisa 2009, com exceção de Xangai (que não é um país);
  • 80% dos estudantes de 15/16 anos do Norte e do Nordeste estão abaixo da média de 43 dos 65 países que fizeram o Pisa 2009 (incluindo países como Israel, Luxemburgo e Turquia);
  • Mais de 56% dos estudantes de 15/16 anos do Nordeste e do Norte estão abaixo do nível 2 (nível considerado básico).
Matemática
  • Se o Nordeste e o Norte fossem países só obteriam resultados acima do Quirguistão e do Panamá em matemática.
  • A Região Sudeste obteve resultado inferior ao do Chile;
  • Mais de 90% dos estudantes de todas as regiões do país estão abaixo da média dos países que lideram o Pisa;
  • Mais de 80% dos estudantes de 15/16 anos do Nordeste e do Norte estão abaixo do nível 2 (nível considerado básico).
Ciências
  • Os 20% piores alunos em qualquer região (assim como acontece em matemática) só obtêm desempenhos superiores ao de Quirguistão, isto é, um percentual muito grande de alunos está ficando muito para trás.
As informações acima apresentam alguns problemas já conhecidos: a desigualdade em relação ao aprendizado entre as regiões, a situação grave em todas as regiões em matemática e o fato de um grande número de alunos obterem pontuações muito abaixo do aceitável para a idade. Todos esses problemas já são verificados quando os alunos estão nos seus primeiros anos de escolaridade, como mostram os resultados da Prova ABC, elaborada pelo Todos Pela Educação, Fundação Cesgranrio, Instituto Paulo Montenegro, Ibope e Inep e que avaliou o nível de aprendizado de alunos que concluíram o 3º ano do Ensino Fundamental. Então, devido à magnitude desses problemas que afetam alunos durante todo o seu percurso da Educação Básica uma discussão e uma maior mobilização por soluções parece mais que urgente. Discutiremos possíveis soluções nos posts seguintes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário