15 de abril de 2010


Pais devem aprender a usar

a internet para orientar filhos,

defende especialista

O coordenador do programa Parceria para a Proteção da Criança e Adolescente (Child Protection Partnership - CPP, em inglês) no Brasil, Luiz Rossi, disse que os pais devem ser incluídos no mundo digital para poder acompanhar e orientar os filhos no uso da internet. O CPP é um projeto coordenado pelo Instituto Internacional para os Direitos da Criança e do Adolescentes, da Universidade de Vitória, no Canadá.

"As crianças e adolescentes estão acessando a internet sem nenhum tipo de orientação familiar, porque os familiares vêm de uma geração em que não havia a inclusão digital que existe agora", afirmou Rossi hoje (15), em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

O CPP participa do 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal (CPCJC), que começou segunda-feira (12) em Salvador e termina no dia 19. Um dos assuntos em discussão é a pornografia infantil na rede mundial de computadores.

Segundo o coordenador da CPP no Brasil, é preciso lembrar que a internet oferece tanto informações positivas quanto negativas. Ele orienta os pais a manterem um diálogo com as crianças sobre o que elas devem ou não acessar.

"Temos que incluir digitalmente os pais, porque eles acham que as crianças, quando acessam a internet, só estão recebendo informações positivas, mas existem, por exemplo, informações pornográficas, que causam um impacto totalmente inadequado ao desenvolvimento da sexualidade da criança e adolescentes".

Rossi também orienta os pais a denunciarem a existência de conteúdos pornográficos em sites que não são destinados a esse fim. Ele lembra que existem espaços para denunciar crimes contra a pedofilia na internet, como o portal da organização não governamental SaferNet. Crimes como racismo, xenofobia e tráfico de pessoas na internet também podem ser denunciados.


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